
A Polícia Federal indiciou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-ministro do planejamento Paulo Bernardo por corrupção passiva. O inquérito foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal na última terça-feira (29). De acordo com a PF, há indícios de que a senadora recebeu pelo menos um milhão de reais em propina e que o dinheiro teria abastecido a campanha ao Senado em 2010.
Em delação premiada, em novembro de 2014, o doleiro Alberto Youssef afirmou que recebeu determinação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para fazer o repasse do valor à Senadora. O ex-dirigente da estatal também disse em depoimento de colaboração que recebeu pedidos de ajuda para a campanha eleitoral de Gleisi Hoffmann.
O advogado Rodrigo Mudrovitsch, que defende a senadora Gleise Hoffmann e o ex-ministro Paulo Bernardo, informou que ainda não teve acesso ao relatório da Polícia Federal. Mas adiantou que não há elementos que justifiquem o indiciamento. Ele disse ainda que não há espaço para a conclusão da PF já que o documento está baseado em delações premiadas.
A assessoria de imprensa de Gleisi Hoffmann informou por meio de nota que todas as provas que constam no inquérito comprovam que não houve solicitação, entrega ou recebimento de nenhum valor pela senadora ou pelo ex-ministro Paulo Bernardo. Na nota, a assessoria ainda afirma que há contradições nos depoimentos dos delatores, tirando assim a credibilidade das colaborações.