Apesar da torcida de muitos curitibanos que amam o frio e não aguentam mais esperar pelas baixas temperaturas, o verão parece não querer ir embora da capital paranaense. A cidade vem registrando uma sequência de dias de bastante calor que, além de chamar a atenção da população, também bateram recordes.
No domingo (3), a máxima por aqui chegou aos 32,2 graus – a maior temperatura já registrada em um mês de abril desde o início das medições do Instituto Simepar, em 1997. Ou seja, a maior taxa em quase 20 anos de histórico.
De acordo com o meteorologista Lizandro Jacóbsen, isso tudo é efeito de um bloqueio atmosférico que interfere no Sul e no Sudeste do país.
Ele esclarece ainda que esse cenário é bastante corriqueiro e que, além de não ter relação com o El niño, que deve se dissipar durante o outono, também não representa qualquer tipo de sinal sobre a formação ou não do fenômeno La niña.
Quem também não está nada satisfeito com todo esse calor é o comércio de Curitiba. O presidente da Associação Comercial do Paraná, Antônio Miguel Espolador Neto, conta que, nos últimos 15 dias, as vendas principalmente de itens do vestuário já caíram mais de 20%.
Diante do problema, a saída tem sido adquirir produtos que normalmente não venderiam nesta época do ano e, claro, recorrer às promoções.
E quem se animar pode aproveitar porque as temperaturas devem continuar altas nos próximos dias. De acordo com o Simepar, somente no domingo há previsão de chuva, mas ainda assim, nada de frio. No sábado, por exemplo, a máxima pode chegar novamente aos 32 graus em Curitiba e a 37 no município de Paranavaí, que fica na região Noroeste do Estado.